Monthly Archives: Setembro 2009

Mãe, você compra um Natal pra mim?

Criança é engraçada, não é?

Agora a Dani quer que eu trabalhe para ganhar “dinheirinho” para comprar o Natal para ela. E as teorias não acabam aí! Ontem ela me disse assim “Mãe, você fala com o papai Noel, pra ele falar com o Papai do Céu pra não esquecer o meu presente?” – Sim, eu falo! Fazer o que, a função da mãe é, também, intermediar as conversas entre Papai do Céu e Papai Noel.

AHAHAHAH

MAs a fantasia que eu gostaria de contar é outra.

“No dia 29 de setembro comemoramos e iniciamos a Festa de São Micael, o arcanjo que ,com força objetiva e inteligência cósmica, defende a humanidade por acreditar nela. Atualmente ele ajuda e inspira o homem que queira aprender a amar com consciência.

Nos dias de hoje a Festa de Micael esta praticamente esquecida e pouco comemorada. Na Idade Média ele era representado com uma espada na mão apontando em direção a um dragão, mostrando que não é necessário matar o mal, pois podemos mantê-lo controlado.

São Micael trabalha com o ferro da espada que é o ferro meteórico e que anualmente cai na Terra em forma de meteoritos ( estrelas cadentes) nos meses de agosto e setembro, aproximadamente. No nosso sangue existe a substância ferro que nos garante força de atuação e coragem.

O conteúdo da Festa de São Micael é a Coragem. O homem deve se esforçar para ultrapassar seus limites e vencer seus medos, seus dragões; pois este é o único caminho para a liberdade.

A coragem é trabalhada na criança através de brincadeiras como pular corda, equilíbrio, pontes de corda e outras que requerem o exercício da força física e da própria coragem.

Podemos fortalecer a coragem das crianças através da espada ( de madeira por exemplo) que representa a bravura, de contos de fadas que falem de príncipes corajosos e justos e também através de músicas ou versos pedindo a São Micael que nunca falte aos homens coragem para trilhar o caminho da liberdade e do amor, e para acreditar na humanidade. A coragem permite que o homem vivencie a primavera no seu próprio ser.” Rumo do Girassol

A minha filha hoje chegou da escola com um elmo dourado (de papel), uma espada (de madeira) e um cavalo (de madeira), se entitulando “cavaleio” (cavaleiro) Micael.

Deixo algumas imagens do Santo Micael, que é conhecido pelos católicos como São Jorge.

A escola perfeita…

… É a escola da Dani!

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Não canso de repetir. É maravilhosa, no mínimo!

Como em toda escola existem aquelas crianças que não sabem como extravasar os sentimentos. Ou não sabem os limites próprios e dos outros. Na escola da Dani não é diferente. Ela tem um coleguinha que volta e meia está batendo, empurrando, mordendo, beliscando e muitos outros andos…

Um dia desses o pai da Dani foi buscá-la e viu que o TAL coleguinha estava batendo na cabeça dela (o termo mais correto seria socando) e foi acudir. pediu que o garoto parasse de bater nela e a levou embora. Mas naquele dia foi diferente, ela ficou arrasada com aquilo, ela dizia chorando  “Papai, ele não é meu amiguinho!” Chorou até dormir e, só acordou às 8h da manhã seguinte. Fiquei preocupadíssima, ela não quis jantar, não quis ficar comigo, só queria

ficar dormindo e toda coberta, e no meio da noite teve pesadelo!

E, é claro que fui conversar com a professora. perguntei o quanto isso era frequente, mesmo porque ela sempre falava que o fulano batia, beliscava e empurrava, mas eu deixava que a professora sabia o que fazer. Mas naquele dia, ela sentiu mesmo, e me senti na obrigação de tomar uma iniciativa. a professora me ouviu e disse que conversaria com a mãe do menino (essa não é a atitude padrão da escola, eles conversam com as crianças mesmo).

Na quarta-feira passada a professora nos chamou para conversar. Fiquei muito apreensiva, pois achei que aquele assunto já havia sido resolvido. Ela e a diretora começaram perguntando como a Dani estava, falei que estava bem, tirando o fato dela estar comendo pouco e ter pesadelos sempre que alguma coisa acontece que a chateia. Elas então me informaram que decidiram colocar o menino na turma dos grandes para que isso nunca mais aconteça, informaram que estavam muito preocupadas com essa questão dos pesadelos e me falaram uma coisa que eu não sabia.

Quando a criança quer muito ficar sozinha, coberta, sempre buscando se auto-aconchegar, é porque ela está querendo contato físico, precisando de proteção, que era o caso da Dani. Ela estava se sentindo ameaçada e precisando de chamego. A professora disse que reparou porque sempre que a Dani tinha uma oportunidade de ficar só com a professora ela pedia colo, ficava se esfregando como gato nas pernas dela. E a professora disse que foi pesquisar e viu que isso era comportamento de atenção, enquanto algumas crianças se tornam mais agressivas, outras se tornam mais carentes e dependentes.

Resumindo, achei fabulosa a abordagem da professora, fiquei muito feliz por, mais uma vez, ter a certeza de estar acertando enquanto mãe. A escolha desta escola foi difícil ($) mas acertada! E o que me encanta a cada dia mais é saber que lá, minha filha não é uma criança. Minha filha é a Daniela, sensível, doce, determinada e

feliz (palavras da professora)! E, nada é mais importante para uma pessoa do que poder ser ela mesma, sem repressões. Por isso, acho importante a busca de informações sobre o desenvolvimento da criança, para sabermos que alguns comportamento não acontecem apenas por acontecer, eles são sinais de que algo está acontecendo de diferente!

Beijos

A primeira vez…

vaso quebradoA primeira vez em tudo sempre assusta!

Ontem a Dani quebrou sua primeira louça. Ela sempre me ajuda a arrumar a  mesa, mas ontem ela quis ser perfeccionista demais e acabou derrubando um prato. Eu corri para acudir, com medo que ela resolvesse sair do lugar e pisasse em um caco. Quando cheguei na cozinha ela estava congelada no lugar, com os olhos arregalados e sem piscar. Falei algumas coisas que depois me fizeram ficar com raiva de mim, coisa de mãe, eu acho: “Quantas vezes a mãe falou pra você não brincar com prato e copo de vidro?” ela me olhou com os olhinhos marejados e disse: “Eu compro outro pra você Mãe!”. Nem é preciso mencionar que meu mundo caiu!!!!! ela fez bico de choro que há muito não fazia (parecido com o bico da minha afilhada) e caiu uma lágriima, mas ela não chorou.

Ela ficou tão sentida e assustada, e queria um consolo naquela hora. E a mãe bruxa aqui ainda reforçou a culpa dela dizendo que já tinha avisado!

Conversei, peguei no colo e disse que não tinha problema, que acontecia. Contei com o reforço do Papaizão dela, que disse que todo mundo quebrava pratos e contou a história dos casamentos gregos, que pratos são quebrados para a prosperidade do casal.

Ela ficou muito mal, e eu pior. Fiquei me perguntando, por que precisamos passar por esse tipo de situação para aprender que determinadas coisas não precisam ser ditas. Que, mesmo as crianças, aprendem com as situações ruins. Eu podia ter passado sem ter reforçado nela a culpa.

Mas aprendi, me doeu tanto aquilo que agora vou avisar mas não vou mais apontar e argumentar sobre o “prato quebrado”!

M. Saúde lança cartilha contra violência à criança

O Ministério da Saúde vai distribuir três mil cartilhas sobre o impacto da violência na saúde das crianças e adolescentes durante o 3.º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que reúne três mil pessoas de 140 países no Rio, até sexta-feira. O documento trata das estatísticas sobre as agressões e orienta sobre como agir em caso de abusos. “A cartilha é um alerta que o Ministério da Saúde faz para a situação de violência que está sendo cometida contra crianças e adolescentes no Brasil. A cartilha chama a atenção para o crime sexual, para abusos inaceitáveis que são cometidos contra as crianças”, afirmou a coordenadora de Saúde do Adolescente do Ministério da Saúde, Thereza Delamare. Odocumento aponta para as conseqüências da violência sobre o desenvolvimento dos jovens – ansiedade, transtornos depressivos, alucinações, baixo desempenho na escola e tarefas de casa, alterações de memória, comportamento agressivo, violento e até tentativas de suicídio. Na vida adulta, o abuso na infância e adolescente se traduz em uso excessivo de álcool e drogas. “A violência é um grande problema de saúde. A criança que sofre abuso constante terá impactos importantes na saúde mensal, que trarão prejuízos para a sua vida adulta”, diz Thereza. l Violência invisível  O material foi produzido a
partir de dados coletados em 2006 e 2007, pelo Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), com informações obtidas nas fichas de notificação de violência doméstica, sexual e outras violências. Desde 2006, institutições de referência de 27 capitais alimentam o Viva. Dos 1.939 registros de violência contra crianças de até 9 anos, 845 (44%) foram por violências sexuais. Entre os adolescentes (10 a 19 anos), esse tipo de ocorrência correspondeu a 1.335 (56%) dos 2.370 casos notificados. “Muitas vezes esses registros são de crianças e adolescentes submetidos à exploração sexual. Eles saem das suas casas, caem numa rede de exploração e sofrem uma violência brutal”, comentou Thereza. Após o congresso, as cartilhas serão distribuídas em unidades de saúde, escolas e conselhos tutelares Thereza ressalta que na maioria dos casos a violência contra crianças e adolescentes
é “invisível”. A residência foi o local em que houve 58% dos episódios de violência sexual contra crianças e adolescentes. Os adolescentes também sofreram abusos na rua (20% dos casos). Já entre as crianças, as agressões sexuais ocorreram em unidades de saúde em 9% dos registros.

crianca

“Quando a criança e o adolescente apontam que a residência foi o local da violência, elas dizem que o crime foi cometido por pessoa próxima. A violência intrafamiliar é um desafio
para toda a sociedade, ela é invisível. Hoje temos bons mecanismos para proteção da
criança e adolescente, como Disque 100 e conselhos tutelares, e precisamos usá-los para
evitar essa barbárie contra crianças e adolescentes”, afirmou.

clicabrasilia de 26.11.08