Category Archives: Felicidade

Minhas filhas, minhas guerreiras, minhas vidas!

Nada como um dia depois do outro… E a cada dia tenho percebido o quanto é difícil viver! Ter filho é maravilhoso e tenho tido certeza que é o que fortalece uma pessoa.  Podemos perder tudo, mas os filhos ficarão, sempre…

Mas tem sido difícil acordar todos os dias e deixar o que aconteceu de lado, olhar nos olhinhos de jabuticaba da Dani, ouvir um ” Mãe, você já acordou?” e sorrir, feliz porque ela está do meu lado, coçando o bico e pegando  no meu rosto com um carinho puro e sincero… Ela tem 4 anos, e NUNCA me deixa na mão! É profissional em fazer a mãe feliz! Sempre tem um sorriso amigo e acolhedor e um comentário engraçado pra fazer… Nem que seja só um segredo pra Alice, que vem acommpanhado de um ” Não falei com você mãe! Falei com a Alice!”. A Alice tem sido uma companheira e tanto para a Dani! É o que a acolhe quando ela cai e vem chorando ” Alice, eu feizi dodói!”  ou então ” Alice, a mamãe brigou comigo!”… E, para quem não sabe, Alice é a irmãzinha que tem apenas 31 semanas de vida intra uterina!

Mas é assim… Alice já é forte. Depois de uma ameaça de cesárea caso não virasse, deu seu jeitinho e virou! Está cefálica! Estamos em posição para um parto natural! É triste que ela tenha feito todo esse serviço sozinha, porque a mãe definitivamente a abandonou nestas últimas semanas! Mas é minha pequena guerreira! Está enfrentando junto da mãe coisas que nem nós, adultos conseguimos lidar!

Mas é como tenho ouvido muito: O que não mata, fortalece! E sei que meu melhor amigo agora é o tempo! Ele está do meu lado e ele vai ajudar a fechar essa ferida…

Ai

Rubi

Composição: Tata Fernandes / Kléber Albuquerque

Deu meu coração de ficar dolorido
Arrasado num profundo pranto
Deu meu coração de falar esperanto
Na esperança de se compreendido

Deu meu coração equivocado
Deu de desbotar o colorido
Deu de sentir-se apagado
Desiluminado
Desacontecido

Deu meu coração de ficar abatido
De bater sem sentido
Meu coração surrado
Deu de arrancar o curativo
Deu de cutucar o machucado

Deu de inventar palavra
Pra curar de significado
O escuro aço denso do silêncio
De um coração trespassado

“Eu te amo – disse.
E o mundo despencou-lhe nas costas. Não havia de sofrer tanto.
O mundo pesa sobre o amor. Leveza dá pena no espaço.
E se teu amor por mais pedra não voar: liberta tuas costas do peso que não carregas.
E se teu amor por mais pena não mergulhar: vai te banhar e olha-te no olhar que não te cega.
Se teu amor te pesa mais que o mundo que carregas: degela-o e deixa-o beber os deltas.”

Deu meu coração de ficar abatido
De bater sem sentido
Meu coração surrado
Deu de arrancar o curativo
Deu de cutucar o machucado

Deu de inventar palavra
Pra curar de significado
O escuro aço denso do silêncio
No coração trespassado
Ai
Ai ai
Ai

E os pré-conceitos…

Colo é mimo…

Cama compartilhada é mau costume…

Não bater deixa sem vergonha…

Amamentar em livre demanda é isso…

Carregar no sling é aquilo…

Parto natural é coisa de vaca…

Não sei se estou ficando maluca, mas para mim tudo isso é NATURAL! Porque antes de sermos Humanos dotados de inteligência, somos mamíferos, animais dotados de instintos. Meu instinto me diz que, a melhor coisa para a Dani é dormir juntinho com a mamãe e o papai quando ela quer. E, como é a natureza, sei que alguma coisa ruim aconteceu com a Dani pela forma como ela age a noite. Se ela vem pra cama e fica dengosa, ela está sentindo alguma coisa além do normal. Se está tudo bem, ela dorme a noite toda na caminha dela. Sair da rotina faz com que ela queira dividir a cama. Ela tem 4 aninhos e ainda precisa da mãe a noite. E eu atendo, sempre (lógico que às vezes perco a paciência, porque ela desperta e não quer mais dormir) porque acredito que acolhendo no momento certo, ela será um adulto seguro. Não negar carinho é meu princípio. Dou colo e chamego sempre que ela precisa e pede pela mesma razão, para que ela seja independente e segura.

E penso assim por me parecer lógico: A criança espera proteção, cuidado e carinho dos genitores, das pessoas que devem cuidar, acalentar, amar. Não consigo imaginar que um pai ou uma mãe negue colo, cama compartilhada, peito, cheiro, carinho por acreditar que  a técnica do Fulano diz que tem que deixar chorar, Ciclano diz que amamentar em livre demanda deixa mal acostumado, que dar colo deixa atrasado e outras besteiras! Amos, carinho, segurança e aconchego não deixa ninguém mal acostumado. Deixa seguro, feliz… Qualquer criança que receba tudo isso terá estrutura psicológica para lidar com qualquer questão da vida adulta, além de perpetuar o amor e o respeito pelo sentimento e tempo dos outros. Afinal, ser mãe e ser pai é saber respeitar o tempo dos filhos, é saber que nenhuma criança é igual e evitar aos máximo comparações… Mas esse assunto fica para o próximo post!

Beijos

Imagens: Daniela slingando com a mamãe (By Isabella Isolani)

Imagens: Daniela ganhando colinho da Dinda (By Daniel Isolani)

Super Nanny…

Não… não assito, não gosto dos métodos dela e nem sei quando ou que horário passa! Mas hoje, em uma comunidade do orkut, foi postado um vídeo desse programa. eis que me bateu uma mega curiosidade sobre os métodos dessa mulher que dizem ajudar tantas famílias.

Agora, estou aqui pensando com meus botões: “Será que sou uma mãe nata? Será que nasci com o dom da maternidade? Será que acertei desde o momento da concepção na educação da Daniela?”… SIM! Estou horrorizada com o que vi. Porque as crianças das famílias que ela ajuda só pedem uma coisa: ATENÇÃO. Elas só querem ser vistas, só querem carinho e atenção. Nossa, como é bom sentar com um filho à mesa e conversar, ouvir as histórias da escola, o falatório sem parar, brincar junto, montar um quebra cabeças, passar um tempo com o filho. Mas os pais lá acham que o fato de estar em casa já é um favor aos filhos. Eles chegam em casa tão stressados que querem mais que os filhos durmam e  o fazem de qualquer forma, sem um ritual. Tinha um pai que ficou olhando o filho de três anos e meio (que ainda mamava no peito) fazer cocô na calça e disse “Eu não percebi!”. Crianças agressivas! E é tão claro que elas usam a agressividade para chamar a atenção dos pais, porque é só nessa hora que o pai ou a mãe olha para a criança (para brigar, gritar ou bater) mas é o momento que a criança recebe atenção.

Fiquei o dia todo pensando nessas crianças, que serão pais em um futuro próximo. Elas não recebem uma demonstração de afeto por parte dos pais. E, para mim, não tem nada melhor que agarrar o filhote e dar aquele cheiro no pescoço e sair correndo atrás dele fazendo cócegas!

Acho que a televisão deveria lançar uma campanha pró-brincadeiras com os filhos. Ou as empresas deveriam investir em palestras que mostrem a importância do contato físico, da troca de olhar, da brincadeira com os filhos. Todos ganhariam, porque acho impossível que um pai e uma mãe que mal sabem lidar com os próprios filhos rendam alguma coisa em qualquer trabalho!

Beijos

Alimentação saudável…

8159almocoNão, não vou escrever sobre a qualidade da alimentação. Engraçado, quando se fala em alimentação já pensamos em quantidade, principalmente vindo de uma mãe que precisa de estimuladores de apetite para a filha (e que levou uma chamada de atenção do médico por estar abaixo do peso ideal).

A questão não é a quantidade de alimento, mas a qualidade do momento. Não existe nada mais gostoso do que sentar à mesa e conversar sobre o  dia de trabalho, sobre o que o coleguinha fez na escola, sobre nossas conquistas e frustrações. Porque na hora da refeição a conversa é apenas uma conversa, não existem cobranças, apenas diálogo e compreensão. Parece que no momento em que estamos à mesa não existe espaço para bate boca, existe sim muito respeito, e isso basta para que uma família tenha uma refeição saudável. É o que eu acho. E você, o que acha que tirar 15 minutinhos e correr almoçar com sua família?

Beijokas

Love’s in the air…

amorE não é que consegui fazer meu marido assistir uma comédia romântica comigo. E como foi gostoso voltar a namorar meu marido! Namorar como antes de casar e ter filho, de deitar no peito e ver o filme a abraçadinho… Ou seja, existe amor depois do casamento e do nascimento! A rotina nos faz esquecer o quanto é bom amar e ser amado, esquecer o verdadeiro sentido de se fazer amor (não sexo, amor mesmo), de enxergar o que o companheiro que escolhemos e juramos amor eterno (enquanto dure), de elogiar e ver só o que o outro tem de lindo – isso é fazer amor!

Ontem me senti feliz, completamente feliz. Depois de muito tempo, me senti feliz de verdade, feliz pela Dani ter acordado e ido dormir na minha cama, feliz por acordar e ver o sol lindo que estava iluminando meu dia, feliz por amar incodicionalmente duas pessoas que também me amam da mesma forma. Isso ilumina qualquer rosto!

 

Deixo aqui minha dica, AME, muito, sem medida, sem cobrança, sem pedir nada em troca… Simplesmente por amar.

 

Beijokas

 

 

Olha a nostalgia…

Estamos entrando na época do natal e, como sempre, começa a me bater um sentimento de vazio, de perda… Não sei porque, mas sinto isso. É a época em que mais me sinto deprimida e frustrada.
Mas hoje teve um gostinho diferente. Abri a caixa de lembranças da Dani e achei um discurso que escrevi no primeiro natal da Dani. vou reescrevê-lo aqui, porque me fez chorar muito. Depois comento!

“BP3110072em, gostaria muito de compartilhar com vocês a minha alegria neste dia tão especial. espero que este não seja mais um discurso cansativo de natal. Na verdade é um desabafo.

Há pouco mais de um ano, conversando com minha mãe, levantamos a hipótese de que eu poderia estar grávida. Naquele dia tive sentimentos muito confusos e variados. tudo o que eu e o Dani tínhamos planejado tinha ido por água abaixo. Se eu passasse no mestrado não poderia cursar pois teria um bebê para cuidar. E a nossa idéia de se mudar e tentar ganhar a vida como biólogos em outro lugar… Tudo teria que mudar. Ah… e o escritório, como ficaria? Estava lindo e teria que virar quarto de bebê! Fiquei desesperada, chorei muito e quem me consolou foi um pessoa que eu ainda não conhecia: meu marido Daniel. Ele manteve uma calma absurda enquanto eu me desmanchava em lágrimas e me disse que a partir daquele momento seríamos três. No dia seguinte confirmei a vinda de um bebê, mas já não era só um bebê, era meu filho (ou filha) que estava a caminho. Aquele desespero passou subitamente e fui tomada por uma emoção indescritível : eu seria mãe. E um sentimento muito forte surgiu, um sentimento de proteção, de carinho que eu jamais havia experimentado ( e olha que sou a irmão mais coruja e protetora do mundo). Corri para o telefone porque tudo que eu mais queria era gritar aos quatro ventos que estava grávida. “Pai, você vai ser avô!” HAHAHA… ele ficou muito feliz, mas não escondeu a preocupação. Minha mãe desde o começo ficou muito feliz, e a alegria dela só aumentou quando soube que eu estava mesmo grávida. a Tia Ceres, como sempre atarefada, a princípio não entendeu quando eu disse que queria que ela viesse ver o sobrinho neto dela… um minuto depois ela ligou chorando e disse uma coisa que me marcou muito: “Que essa criança seja muito amada!” e respondi que já estava sendo, muito amada e queria. o rafael chorou quando informei que ele seria Dindo, e a Isa não reagiu diferente quando soube que seria Dinda! Quando fui dar a notícia para o Daniel, pulei no pescoço dele e ele disse de supetão “deu negativo!”, “não Dani, você vai ser papai!” Juro que nunca tinha visto ele falar tanto quanto naquele almoço… Em pouco tempo a PUC inteira sabia que ele seria papai. Foi um dia muito especial.

no natal passado eu ficava imaginando como seria o natal seguinte, afinal, aquele bebezinho teria 9 meses.
E, em uma linda manhã de março o meu bebezinho nasceu… Uma menininha que se chamaria Daniela, que além de ser o feminino do nome do pai, era sinônimo de força, coragem… E eu tinha acabado de ganhar e dar a todos vocês o melhor presente de natal que eu poderia dar e receber. Presente que dinheiro nenhum no mundo compraria! “Um monte de cabelo enrolado num cobertor!” É pai… um monte de cabelos mesmo! hoje, tenho certeza que escolhemos o nome certo para ela: Daniela é um bebê forte, alegre, corajoso… já passou por muitas coisas nestes nove meses. já caiu e levantou… Literalmente! Já mergulhou fundo… Literalmente! Ela conquistou a todos nós com seu olhar único… não vó Clélia, não é olhar do pai! Este olhar é só dela! Ela tem o sorriso banguela mais lindo do mundo, não é tio Ricardo! E é a Neguinha mas amada do Universo, não é Dindo! É a sua Peruca, não é papaizão! cada um tem um carinho especial por ela… E todos amamos essa jóia!

Esse está sendo um ano muito especial para mim…tenho certeza que será o primeiro de muitos que passaremos reunidos, todos ao redor, não da árvore de natal, mas da nossa princesinha!

E todo este rodeio foi por um único motivo: Agradecer… agradecer todo amor e carinho que vocês dão à Daniela, pois são estes sentimentos que fazem dela uma criança feliz! Agradecer a força que vocês nos deram em todos os momentos difíceis que passamos (e que foram muitos). Agradecer as corridas (quase diárias) da vovó Ceres; da vovó Clélia também (sempre que pode também corre com a gente para todo lugar); A sopinha, o carinho e a atenção da vovó Tere, que parece nunca querer que a Daniela vá embora. Ao Tio Ricardo pelo amor e pela paciência com o nenezão! A todos vocês, só tenho que agradecer! ah… e dizer que mesmo sendo muito estabanados, eu e o Dani fazemos o possível e o im[possível para garantir à Daniela uma vida maravilhosa… Afinal, não é qualquer pai que cuida de uma filha sozinho! E prometo, ela será uma pessoa muito feliz!

Um feliz natal a todos nós!!!!!”

 

Resolvi escrever aqui este discurso porque lembrei que, ao terminar de ler antes de iniciarmos a distribuição dos presentes, olhei ao redor. E hoje, lembrei da expressão de cada familiar presente. Eram tantas lágrimas de felicidade. E lembrei do abraço que ganhei do Daniel com a Daniela no colo, meus dois amores. Ele muito emocionado me disse “Obrigado!”, ainda não sei o porque do agradecimento, mas foi tão lindo. Todos acharam maravilhoso e partimos para a distribuição dos presentes!

E essa nostalgia ganhou uma dimensão maior por ter visto na novela uma cena que me deixou muito angustiada.

Foi quando a mãe da modelo que se acidentou pressentiu o acidente da filha.

Quando a Dani tinha 3 meses eu acordei uma noite com uma sensação de nó na garganta, uma sensação horrível. Pedi que o Daniel levantasse e fosse olha a Dani (fiquei com medo de ir olhar). Ele voltou e disse que estava tudo ótimo. Não dormi mais e passei a manhã daquele jeito. Antes de sair para o trabalho eu comentei com o Dani que ainda estava com aquela sensação. Ele sugeriu que eu ficasse em casa, mas achei que não era nada, e fui para a escola.

No intervalo fui lanchar, guardei meu material e sentei. Quando abri meu chocomilk (quando fez o ploc da tampinha) eu senti um calafrio que subiu dos pés até minha cabeça (senti minha bochecha arrepiar) e novamente o nó na garganta. Resolvi ligar para casa para saber se estava tudo bem (a Daniela ainda mamava no peito e chorava muito por não aceitar meu leite com o pai) e o Daniel atendeu gritando que ela tinha acabado de cair do colo dele.

Eu, até hoje me culpo. É mais uma culpa que acompanha a maternidade! se eu tivesse ouvido meu sexto sentido materno isso não teria acontecido, minha bebê não teria sofrido um traumatismo craniano, não teria passado quatro dia em uma UTI e meu marido não sofreria como sofre quando lembra dessa situação. E, para piorar minha sensação, meu sentimento de vazio hoje, ela está dormindo na casa da vó. Ai, como queria minha churubeba aqui comigo!!!

 

Enfim… a maternidade é cheia de culpas. Mas são essas culpas que nos fazem os seres mais fortes que existem, capazes de superar qualquer situação!

 

Beijokas

A escola perfeita…

… É a escola da Dani!

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Não canso de repetir. É maravilhosa, no mínimo!

Como em toda escola existem aquelas crianças que não sabem como extravasar os sentimentos. Ou não sabem os limites próprios e dos outros. Na escola da Dani não é diferente. Ela tem um coleguinha que volta e meia está batendo, empurrando, mordendo, beliscando e muitos outros andos…

Um dia desses o pai da Dani foi buscá-la e viu que o TAL coleguinha estava batendo na cabeça dela (o termo mais correto seria socando) e foi acudir. pediu que o garoto parasse de bater nela e a levou embora. Mas naquele dia foi diferente, ela ficou arrasada com aquilo, ela dizia chorando  “Papai, ele não é meu amiguinho!” Chorou até dormir e, só acordou às 8h da manhã seguinte. Fiquei preocupadíssima, ela não quis jantar, não quis ficar comigo, só queria

ficar dormindo e toda coberta, e no meio da noite teve pesadelo!

E, é claro que fui conversar com a professora. perguntei o quanto isso era frequente, mesmo porque ela sempre falava que o fulano batia, beliscava e empurrava, mas eu deixava que a professora sabia o que fazer. Mas naquele dia, ela sentiu mesmo, e me senti na obrigação de tomar uma iniciativa. a professora me ouviu e disse que conversaria com a mãe do menino (essa não é a atitude padrão da escola, eles conversam com as crianças mesmo).

Na quarta-feira passada a professora nos chamou para conversar. Fiquei muito apreensiva, pois achei que aquele assunto já havia sido resolvido. Ela e a diretora começaram perguntando como a Dani estava, falei que estava bem, tirando o fato dela estar comendo pouco e ter pesadelos sempre que alguma coisa acontece que a chateia. Elas então me informaram que decidiram colocar o menino na turma dos grandes para que isso nunca mais aconteça, informaram que estavam muito preocupadas com essa questão dos pesadelos e me falaram uma coisa que eu não sabia.

Quando a criança quer muito ficar sozinha, coberta, sempre buscando se auto-aconchegar, é porque ela está querendo contato físico, precisando de proteção, que era o caso da Dani. Ela estava se sentindo ameaçada e precisando de chamego. A professora disse que reparou porque sempre que a Dani tinha uma oportunidade de ficar só com a professora ela pedia colo, ficava se esfregando como gato nas pernas dela. E a professora disse que foi pesquisar e viu que isso era comportamento de atenção, enquanto algumas crianças se tornam mais agressivas, outras se tornam mais carentes e dependentes.

Resumindo, achei fabulosa a abordagem da professora, fiquei muito feliz por, mais uma vez, ter a certeza de estar acertando enquanto mãe. A escolha desta escola foi difícil ($) mas acertada! E o que me encanta a cada dia mais é saber que lá, minha filha não é uma criança. Minha filha é a Daniela, sensível, doce, determinada e

feliz (palavras da professora)! E, nada é mais importante para uma pessoa do que poder ser ela mesma, sem repressões. Por isso, acho importante a busca de informações sobre o desenvolvimento da criança, para sabermos que alguns comportamento não acontecem apenas por acontecer, eles são sinais de que algo está acontecendo de diferente!

Beijos

Mil desculpas…

Quanto tempo longe. Nossa, e como faz falta me dedicar a este espaço, como sinto falta de escrever.
Me ausentei por um motivo nobre: Eu e o marido ganhamos um cruzeiro de cinco dias (Búzios – Ilha Bela) da minha sogra e cunhada que trabalha como bailarina no navio, e não podíamos deixar de curtir.
Foi maravilhoso! Era um cruzeiro Zen, que veio de encontro a tudo que tenho pesquisado e praticado.
Quase surtei de tanta saudade da minha gatinha. NUNCA fiquei longe dela assim, incomunicável. É claro que parei em algumas Lan houses para tentar saber como ela estava. Ficou bem, mas nos dois últimos dias ela já estava no limite. Tadinha! Ela ficou tão feliz quando me viu, ria e chorava. E a mãe aqui só chorava. Ela pareceu tão diferente.
O problema foi a noite, fiquei quatro noites dormindo muito mal porque ela saia da cama dela aos berros “Mamãe” e vinha para a minha cama, me dava uma chave de braço e dormia assim, grudada em mim. Ficou muito insegura.
Mas tudo esta voltando ao normal. Tenho muitas novidades para contar (escola, trabalho, vida…), mas deixo para depois, outros posts virão!!!
Beijos

Balanço de 2008…

Nestes meus 27 anos de vida, eu nunca havia feito um balanço de tudo que havia ocorrido na vinha vida nos últimos 365 dias que se passaram.

Este ano decidi que era hora de pensar nisso, afinal só se vive uma vez e, deixar de lado os acontecimentos, talvez me levasse a repetir nos próximos anos erros que poderiam ser evitados se reconhecidos precocemente.
Enfim, aqui vai tudo que bom e ruim que me aconteceu na minha versão dos fatos.
No ano passado eu não estabeleci metas, nem pensei no que queria para este ano que está acabando. Simplesmente vivi. Mas, diferente dos outros anos, vivi intensamente. Deixei que meu corpo e meu coração interagissem e se ouvissem, e me permiti me ouvir. Isso foi o que de mais positivo aconteceu comigo, mudei muito sim.
Aprendi a interpretar muitos sentimentos e lidar com eles. Banalidades não são apenas banalidades. São exercícios dos quais precisamos para nos tormar maduros e ter forças para enfrentar desafios maiores.
Quantas vezes escrevi “Sou atéia, não acredito em Deus!”, entendi esse sentimento também. E, por isso me sinto vitoriosa, não sou um monstro por não acreditar em um “Senhor Todo Poderoso”, me sinto especial por, agora, conseguir explicar a minha crença. Eu sinto que cada um dos seres viventes é Deus, e acredito que a bíblia foi uma forma que “encontraram” para ilustrar ações que devemos seguir ou adotar para atingir  a nossa divindade. Eu sou Deus quando abro o MEU Mar Vermelho e atravesso caminhos que jamais acreditei que pudesse atravessar. Eu sou Deus quando me presenteio com Incenso e permito que toda energia negativa seja liberada e me purifico. Eu sou Deus quando tenho Mirra que amarga a minha vida e me faz muito mais forte. Quando faço o Ouro do sorriso da minha filha enriquecer minha vida. São todos presentes dados a Jesus pelos Reis Magos e que sem interpretação, faz parecer que Natal é apenas dar presentes porque os Reis presentearam Jesus.
Estou feliz porque consegui enchergar uma interpretação que me faz feliz, me faz bem e corrobora com todas as minhas outras crenças (evolução, energia, positivismo…).
Como mãe, aprendi que posso sentir, dizer e agir como achar melhor para minha filha. Entendi o vazio que sentia desde o nascimento dela, uma cesárea eletiva. Cadê minha barriga? Estava chorando ao meu lado, de repente. Senti que faltou a passagem do trabalho de parto, faltou me preparar para um parto. Reconheço que fui imatura em aceitar uma cesárea sem questionamentos, e aprendi, finalmente, que meu corpo é parte da natureza. Sendo assim, ele está pronto para responder a todos os estímulos naturais que receber. O parto é um deles. Sou mulher, mamífera e tenho capacidade de parir como qualquer outro animal. E, assim como qualuqer outro animal, tenho que bajular minha filha, ela ainda é muito dependente de mim, do meu amor, dos meus cuidados. Abri mão de trabalhar fora de casa por sentir que era melhor para NÓS ficarmos juntas nesse momento, senti que dar um cheirinho no pescoço dela tinha um efeito mais calmante do que qualquer dose cavalar de maracujina, senti que brincar era mais gostoso do que ficar grudada no computador e, senti que dormir juntinho é delicioso, sentindo aquele bafinho quentinho no meu rosto. Me libertei, porque tudo isso que defendo hoje vai contra tudo que a sociedade prega. Por que um bebê de dois anos TEM que ser independente? Ele terá uma vida toda para aprender isso. Por que pegar no colo e beijar muito é mimar? Não existe nada mais íntimo do que o toque carinhoso entre mãe e filho. Por que bater é a melhor solução? Aboli palmadas, não quero minha filhota intimidada por um adulto enorme dando tapas nela, ela ainda é indefesa. Esse ano aprendi que o amor é sim incondicional, intransferível, imensurável e delicioso. E como tem sido gratificante ficar com a Dani o dia inteiro só para mim!
Aprendi a respeitar as opções do meu marido, afinal, ele também tem vontades, sonhos, ideais. Não pensamos e nem sentimos igual, somos diferentes e devemos usar essas diferenças para nos completar, e não para nos afastar.
Cresci internamente, intelectualmente, sentimentalmente. Li 13 livros este ano, alguns muito bons que lia em dois dias, outros que não prenderam minha atenção e li em um mês. Mas cada um, da sua maneira, me fez ter visões diferentes de muitas coisas. Posso amar fervorosamente, amor comparado à vida e à morte, como a série Crepúsculo. Posso questionar sentimentos paternais, como O Filho Eterno. Posso ler as entrelinhas, como Eu Sou o Mensageiro. Posso cuidar da mnha filha sem a necessidade de manuais, como Criando Meninas. E posso mudar atitudes com ela, como Quem Ama, Educa. Posso crescer financeiramente, como Casais Inteligentes Enriquecem Juntos. Posso ler prazeirosamente como A Menina que Roubava Livros, ou fazer uma auto análise dos mes atos passados como O Caçador de Pipas. Deixo aqui, mais uma vez, meu estímulo à leitura. Ela me ajudou a mudar!
E, comigo, esse blog cresceu também! Tenho orgulho toda vez que leio comentários, que vejo muitas visitas, quando releio meus posts, nada profissionais, mas sinceros e dedicados!
Para o próximo ano vou traçar metas, continuar lendo, amar muito mais e ouvir mais também! Quem sabe não chego mais próximo da mnha divindade!!!!!
FEliz 2009 para todos!!!!

4 anos de muito amor…

Ontem foi meu aniversário de casamento. 4 anos já… Como o tempo passou depressa!
Mas foi tão bom. Fomos ao cinema e depois fomos ao babilônia, uma “Baladinha”. Nossa, me senti uma senhora idosa quando, às 2h da madrugada, eu estava bocejando! Pois é, bons tempos os em que passávamos a noite dançando!
O mais engraçado era a minha anciedade em buscar minha gatinha, que ficou com a Tia-Avó. Ai, que angústia em querer tê-la por perto!
Mas, voltando ao aniversário de casamento, fiquei pensando em quanto amo meu maridinho! Depois de quatro anos, é claro, muita coisa mudou, mas nosso amor amadureceu, além de marido e mulher, somos pai e mãe, amigos e colegas de trabalho.
Divergimos em algumas opiniões, mas nos respeitamos e isso é o mais importante. Respeito!!!!!
E o que me deixou mais feliz, na nossa noite de balada, falamos sobre tudo e nossa filha não foi o tema pirncipal da nossa conversa. Minh mãe fal que quando um casal só tem como assunto comum os filhos, então é hora de acender a luz amarela!